domingo, 24 de agosto de 2014

Mute Facebook Option - Por que não?

#mutefacebookoption


A chatice que está se transformando o Facebook fez surgir um bando de “reclamões”. São postagens que ameaçam deletar/bloquear amigos (ou mero contatos). Parece algo próximo da intolerância digital. Outros radicais partem para ameaças suicidas...  algo como, 'estou deletando meu perfil' ou ainda 'em breve estarei saindo do facebook'. Além do gerundismo, a postagem desperta um alerta para ver se o cenário pode mudar. Chega a ser engraçado, pois como dizem que essa rede social é viciante, eu tenho a sensação que é uma súplica desesperada!

Eu sou confessadamente um entusiasta das redes sociais e até mesmo da própria internet. Quando não fui o pioneiro... eu seguramente sempre estive no “time” de estar plugado nas novas tecnologias. Os últimos 18 anos foram intensos na minha auto-construção de código de conduta. ICQ, MSN, Chats, Sites de Relacionamento, Games, Orkut, Twitter, Facebook... eu experimentei tudo! E paquerei, namorei, briguei, emocionei, irritei... e tive até namorada que eu nem sabia que tinha e me cobrava em DR. Em 2001, eu pude conhecer o primeiro delegado especializado em crimes pela internet. Mais recente por oportunidade profissional e graças a uma amiga, eu virei grande admirador de uma Comissão da OAB – Ordem dos Advogados do Brasil que estuda o Direito Eletrônico.

Já fui espionado, bisbilhotado, julgado, sentenciado e até difamado pelo Facebook... o mais engraçado é que quando tentaram me prejudicar virtualmente, o mundo digital deu um jeito de resolver!

As eleições com postagens de conteúdo não confiável e apenas com viés de guerrilha que buscam a calúnia são muito mais frequentes do que aquelas com uma boa discussão de propostas. E é lamentável ver as pessoas acreditando e compartilhando...

A Copa do Mundo foi uma overdose! Isso quando não vinha misturado com política e até religião! Socorro! Postagens “fakes”, o famoso “hoax” circula em abundância! Enfim, tudo muito chato e raso! Falou-se na orkutização das redes sociais, mas é bem pior! O Orkut no seu surgimento era maravilhoso.

Não sou dono da verdade e nem espero concordância. Resolvi dar um “mute” no meu perfil do Facebook. Não publico mais, ocultei fotos e postagens, comento pouco no perfil das pessoas... Eu uso bastante os grupos, pois são meios de comunicação indispensável em parte de minha atividade profissional. E o famoso “inbox” (que virou um Messenger) é uma opção muito boa de entrar em contato com as pessoas. Sem ameaças... eu apenas me calei!

Em tempo das “neuras” de relacionamentos digitais, a reação de algumas pessoas não poderia ser diferente. Muitas pessoas me abordaram com as seguintes questões:

Por que você bloqueou seu conteúdo para mim?

O que eu te fiz? Você bloqueou suas fotos para mim?

Por que só eu não vejo o que você tem no seu perfil?

Nossa! Você deletou tudo em seu perfil?

É... eu estava certo! As pessoas olham apenas para seu umbigo e tive que explicar que não apaguei nada e nem bloqueie ninguém. Coloquei tudo no “mute” que é uma opção de publicação chamada “somente eu”. Assim, eu preservei minha história digitalmente publicada.... mas me calei. Simples assim!













quinta-feira, 12 de junho de 2014

Copa do Mundo no Brasil, e?

Cadê a Copa do Mundo? Sumiu? Bandeirinhas sumiram? Os bares programando exibições em telão? Cadê? A venda de cerveja nos supermercados aumentando? Cadê? Os bolões? Cadê? A troca de aparelhos de TV que aconteciam a cada quatros? Cadê? Há uma semana me fiz essas perguntas!

O que aconteceu? Não vai ter Copa? Desde ontem a noite... parece que mesmo atrasado o povo percebeu que a festa começa

Há um ano algumas manifestações detonaram algumas críticas que foram condensadas em direção da Copa 2014... Mas como assim? Um ano antes? Se já sabemos que o Brasil abriu as portas para FIFA em 2007, só agora? Que lerdeza! Foi uma maioria silenciosa que se revelou ou um bando de rebeldes sem causa que descobriu que existem causas?

Estranho que reflexões pré e pós jogos... eu sou daqueles quem sempre se emocionavam, torciam e até choravam de alegria ou raiva mediante resultados. Assim como a Copa do Mundo sumiu das ruas... ela sumiu um pouco de mim. Hoje ainda bem... amanheci verde e amarelo de novo! Problemas, o País tem aos montes. Corrupção? Vamos combater sim: no voto na mobilização democrática e civilizada! Pão e circo? Pode até ser. Mas, o futebol está dentro de nossa cultura! Essa alegria ninguém me tira. E porque acordar só agora para os problemas. Se a Copa dá um alívio as mazelas nacionais... vamos em frente não abro mão. E usemos a força de um Brasil campeão para lutar por um País melhor sempre!

Fiz um “review” dos anos em que essa competição marcou história em nosso País.

Ao longo de meus quase 52 anos busquei a primeira recordação desse assunto na minha memória. Na Copa da Inglaterra (1966)

algo muito superficial ao ouvir de meu pai que ia assistir na TV um jogo que tinha acontecido no dia anterior. Essa informação nada significava, mas muitos anos depois eu entendi que transmissões com imagens vindas de longe não conseguiam ser ao vivo. Já na Copa do México (1970) eu conheci o começo de uma paixão insana de um povo pelo futebol. Festa! Alegria! Na escola eu lembro de a professora falar que se o Brasil fosse campeão não teríamos prova, pois não haveria aula... um motivo extra para torcer! Foi muito triste constatar depois que essa alegria encobriu muitas atrocidades da ditadura militar no auge dos anos mais pesados. Na Alemanha (1974), eu achei estranho ver um jogo entre Alemanha Ocidental contra uma Alemanha Oriental terminar empatado lembro de um adulto falar com receio que foi melhor assim, porque mostrou igualdade! Pensei na verdade o que significavam duas “Alemanhas” e como seriam dois “Brasilis”! O futebol me parecia sem força e sem a garra do tricampeonato... e todo mundo falava que a seleção nunca mais seria mesma sem o Pelé. E que agora tínhamos uma nova taça, pois a anterior Jules Rimet nunca mais ninguém nos tomaria. Que ironia, não? Foi roubada e derretida! Quatro anos mais tarde na Copa da Argentina (1978) um já adolescente eu lembro de brincar com um namoradinha e fazíamos um teatrinho onde eu era um repórter que a entrevistava interpretando a mulher do técnico da Argentina.... era algo como uma lunática que brincava com um campeonato já ganho. E foi essa a maldição de ver nossos vizinhos levarem a taça! E o Brasil sair em terceiro lugar invicto!


Copas de 1966 a 1982



A Copa da Espanha (1982) mostrou uma seleção impecável que levou uma rasteira italiana. De qualquer forma foi lindo ver Zico, Sócrates, Falcão e companhia jogarem o futebol que dá gosto de assistir! A  Colômbia não teve condições de organizar o campeonato e o México (1986) voltou a ter uma Copa. Um seleção requentada também não colocou a mão na taça. Na Itália (1990), o Brasil levou uma seleção que esbarrou no medíocre e o pior castigo foi sermos eliminados pelos argentinos. Nos USA (1994), nós sofremos em uma final por pênaltis, mas lavou nossa alma. Chorei, gritei e gritei campeão depois de 24 anos e agora já adulto fomos Tetra!Já na França (1998)... bem melhor esquecer e pular... 2002 (Japão/Coréia) e o Felipão com o Ronaldo fez que com Cafú logo de manhã conhecesse o Jardim Irene... e por cinco vezes campeões! 2006 (Alemanha) e 2010 (África do Sul) estão recentes na memória! 

Copas de 1986 a 2010



2014 quero gritar HEXAAAAAAAAAA!


domingo, 2 de março de 2014

Quando eu morri.

Nunca tive medo da morte. Talvez por influência dos textos de Jorge Luis Borges, eu sempre imaginei de forma banal e corriqueira como seria esse misterioso instante.  Claro que essa tranquilidade só existe, quando penso nesse momento “x” como decorrência da velhice e na evolução natural da vida! Minhas crenças (que passam pelo catolicismo e espiritismo kardecista) fazem também que eu aceite a morte sem ser um fim!



Hoje pela manhã... muito cedo eu morri! E falo isso porque foi muito real! Sonhei que estava deitado e amarrado em um divã. De repente, uma pessoa de rosto conhecido atende ao pedido de outra e injeta em uma veia de meu braço direito um líquido supostamente venenoso.

E ele ainda falava:
-       - Mais alguns segundos e ele morre.

Quando o ouço... o fato se consuma e em um flash eu reforço:
-       - Morri!

Eu estava morto e a sensação foi um misto de pânico breve e alívio intenso! Não era algo desconhecido, pois eu tinha a sensação de já saber tudo que estava acontecendo.

Nesse flash... o que eu via antes colorido ficou em preto e branco, porém rapidamente transformou-se em um colorido maravilhoso e sem igual. O momento “x” foi como se eu tivesse sufocado, mas foi ficando leve e prazeroso respirar.

Estava só e tudo em volta sumiu! E aí me perguntei:
- E agora?

Não tinha medo, mas estava surpreso como algo estivesse acontecendo na hora errada.

Um novo flash...

... eu me senti sufocado e estava deitado na minha cama! Sentia falta de ar. Era como alguém me estrangulando e  que gradativamente tirava as mãos do meu pescoço.

Levantei. Respirei. Chequei coisas banais para confirmar onde estava.

Pensei:
- Estou vivo! Mas... com certeza eu morri! Nada como um bom café!


quarta-feira, 1 de janeiro de 2014

Nenhum dia é normal!


O relógio mostrava mais do que 14h00 do primeiro dia do ano! Resolvi entrar em uma padaria próxima de minha casa e quis dar os votos de um grande 2014 para essa galera que me atende quase todos os dias do ano. Curiosamente, um moça que acredito ser funcionária nova nesse estabelecimento comercial tinha um leve desconforto e habilmente fugia de todas as tentativas de ser cumprimentada. Um dos atendentes me fez uma abordagem mais calorosa com direito a um contido abraço. Ouço então a conversa dessa funcionária com uma colega e ela criticava o rapaz que me deseja votos de saúde e prosperidade.

Irritada ela proclamou:
- Hoje é um dia normal! Que bobagem esse povo com sorrisos!

Essa frase bateu com um martelo em meus ouvidos e por uns bons minutos fiquei atordoado pensando nesse significado. A primeira sensação foi de uma triste concordância. Todos os dias têm 24 horas, com 60 minutos cada hora e 60 segundos cada minuto. Amanhece e anoitece. Triste constatação, porém factualmente verdadeira. Emotivo como sou... fui além! O dia 1º de janeiro tem um feriado mundial que muitas vezes nos esquecemos: DIA DA CONFRATERNIZAÇÃO UNIVERSAL! Eu sei que são convenções e até essa divisão de tempo que marca o ano Cristão! Pensei em religiões e crenças! Lembrei-me de judeus que trocam presentes e montam árvores de Natal, budistas que nesta época entram na vibração da caridade e lindamente saem à ruas no auxílio aos próximos. Não posso esquecer os cristãos que também celebram sua fé com caridades, comilança, ou a maneira que seus corações pedem para celebrar. Pensei em alguns ateus que conheço que adoram “Amigo Secreto”, participar das festas e curtem intensamente a passagem para um novo ano.

Verdade... os dias são todos iguais, mas nós não somos iguais. Os fatos não são iguais. As emoções e realizações não são iguais. A alegria e a tristeza nunca são iguais!

Conclusão que acalmou meus pensamentos: NENHUM DIA É NORMAL. A normalidade prevê um padrão que a vida não nos oferece. Cada novo dia é especial! É a casualidade, a oportunidade, a benção ou como qualquer um queira interpretar, cada novo dia significa estarmos vivos! E a cada nova etapa na simbologia de tempo em anos, dias, horas e segundos devem ser celebrados. Penso assim! É deixarmos sementes boas florescerem e mesmo que demorem... é termos a certeza de que contribuímos com nossos parceiros de vida! Normas? Certezas? Não! Essa é minha forma de aceitar o ciclo evolutivo da humanidade!


Esta celebração na virada deste ano 2013 para 2014 foi especialíssima. Talvez uma das mais lindas e emocionantes do último ano. E hoje, fui presenteado ao perceber que não só a Fênix ressurge. Todos nós renascemos. O blog "Cru e Viscoso" (recomendo a leitura clicando no link) recebe uma postagem depois de um longo período de reclusão. O seu autor, o querido Thiago Jorge mostra mais uma vez sua essência talentosa e nessa retomada acena para novos tempos. Feliz Ano Novo!