domingo, 12 de julho de 2009

Broadway em São Paulo




Há dois dias recebi um telefonema e fui informado de uma cortesia de dois convites VIP para assistir o musical “A Noviça Rebelde”. Fiquei entusiasmado, embora desde que esses musicais “importados” começaram suas temporadas no Brasil, eu não consegui deixar de ter os dois pés atrás.

Convidei um querido amigo e lá fomos nós para o Teatro Alfa, na Zona Sul de São Paulo. Ficamos felizes, pois a tal cortesia nos posicionou num local privilegiado da plateia.

Começa o espetáculo...

A cena inicial e com a aparição da protagonista “Maria”, o eixo do musical já era notado: grandiosidade, primor e uma técnica extremamente trabalhada e aplicada. O musical parte do momento em que a jovem Maria (Kiara Sasso) deixa o convento para ser a nova babá dos sete filhos do viúvo Von Trapp (Saulo Vasconcelos). As crianças, que vivem em um regime de ordem e afugentam todas as moças que aparecem para cuidar delas, passam a viver com música quando a noviça entra em suas vidas. O elenco infantil é, em muito, responsável pelo encanto proporcionado pela peça.
Emoção! Emoção! Emoção!
A cada minuto senti a força desse elenco maravilhoso! Impecável! Já que competência e estrutura para grandes musicais não nos falta. Fico ansioso por ver um texto brasileiro. Que tal?



SERVIÇO:

A Noviça Rebelde
R. Bento Branco de Andrade Filho, nº 722, Santo Amaro.Altura do nº 18.591 da Avenida das Nações Unidas.
O Teatro Alfa localiza-se anexo ao Hotel Transamérica.

A superprodução, que recebeu cinco indicações ao Prêmio Shell de Teatro, garantiu aos diretores Charles Möeller (direção geral) e Claudio Botelho (direção musical) o prêmio na categoria especial, pela contribuição ao gênero musical no cenário carioca.
Um elenco formado por 44 atores-cantores, que se revezam entre 31 personagens, conta uma adaptação da história verídica da família Von Trapp, escrita em 1949 por Maria Augusta Trapp, no livro "The Story of the Trapp Family Singers". A montagem apresenta uma versão brasileira do texto estreado na Broadway em 1959. E foge em alguns aspectos do clássico ganhador de cinco prêmios Oscar, "The Sound of Music" (EUA, 1965), protagonizado pela atriz Julie Andrews. A montagem, que tem duração de 2h45, com intervalo de 15 minutos entre os dois atos, permanece em cartaz até 2 de agosto, com possibilidade de prorrogação.



terça-feira, 7 de julho de 2009

We are the children...



Hoje é o sepultamento de Michael Jackson! Ingressos, nomes famosos cantando em homenagens. Funeral virou show! No dia da morte do chamado “Rei do Pop” eu estava em casa de licença médica. Na minha atual fase “pré-50” estou muito mais observador do que sempre fui! Essa condição incontestável de evolução no processo de envelhecimento humano tem me feito muito bem! Se não faz bem ao corpo, enriquece bastante cérebro e alma!

Acompanhei bem o bombardeio nas mídias de massa sobre o falecimento de mais um ícone do final do século XX e dessa vez a Internet teve um destaque enorme... Os portais foram mais ágeis e ao mesmo tempo a pesquisa de tudo sobre o artista congestionou essa rede.

Sou uma pessoa emotiva! Não posso negar. Mas o que aconteceu comigo? Dessa vez a emoção foi “ZERO”. E não consegui entender o por quê. Quem tem menos de 60 anos não teve sua vida sem nenhum momento embalado pela voz do mega astro. Dois ou três dias passaram e nada de emoção. Aliás, não vi também choros histéricos como na morte de Elvis Presley, por exemplo, ou até de Ayrton Senna. Assistindo ao “making of” de um clipe realizado no Brasil (Salvador e Rio de Janeiro), consegui sentir uma faísca de emoção. Porém, meu coração bateu por outras razões de ver nosso povo ali expressado.

Uma semana depois e ouvi um colunista da Band News FM expressar uma análise que além de ter minha total concordância, explicou a minha “frieza” ante o fato. Ouvi a seguinte frase: “Michael Jackson precisou morrer para voltar a ser humano!” É isso! Como poderia me emocionar? Ao me livrar desse sentimento pude enfim entender esse grande fenômeno de massa que foi sua vida. E de repente, a lembrança do Michael criança (sim, eu me lembro dele com uns 10 anos de idade). Eu era criança também e até desenho animado os “Jacksons 5” tinham... e ai ao som de “ABC, one-two-three” fiquei com a imagem daquele garoto negro bochechudo e que cantava com uma voz inesquecível que as crianças pulavam. Doce lembrança! “we are the world, we ar the children...”