sexta-feira, 4 de dezembro de 2015

Serei egoísta!


   egoísta
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Significado de Egoísta
adj. Que só consegue pensar em si mesmo.
Que se pode referir a egoísmo.
Em que há ou expressa egoísmo.
s.m. e s.f. Pessoa que só pensa em si mesma; quem é egoísta.
(Etm. do francês: égoïste)

Minha determinação para 2016: serei egoísta!
Cansei e até buscarei trilhas sonoras para essa nova fase. Que tal Primeiro eu (https://goo.gl/5DASgu)? Mas, enfim é isso! A partir de agora sou mais eu!
Primeiro estarei alerta às minhas necessidades. Agora eu estarei em primeiro plano. Sempre eu! Acima de tudo... eu! Não tem espaço mais para vontade alheias e o que penso e quero será determinante!


Não ouço mais ninguém e minha consciência é soberana e não influenciável! Não importa quem me procure. Pode ser alguém da família, amigo, criança ou idoso... eu estarei em primeiro lugar sempre! 

Mudando de assunto...
...os comissários passam instruções no começo das viagens de avião, que em situação de pânico ou simples despressurização da aeronave, as máscaras de oxigênio caem automaticamente! O indicado é primeiro assegurar nossas máscaras e depois ajudarmos crianças ou demais passageiros que necessitem de cuidados especiais.

Moral da história: Um pouco de egoísmo é também um ato de amor!


sábado, 17 de outubro de 2015

Conte histórias para uma criança

Acompanhar o lançamento do livro Tumunix me fez voltar para lembranças deliciosas da infância. Eu tive uma relação de muito carinho de minhas avós. Talvez por ser o neto mais novo das duas, eu acredito que fui por muito tempo o bebezinho delas. A vovó Elvira era uma cozinheira espetacular e uma de suas formas de demonstrar afeto era preparar as guloseimas favoritas dos netos. Fecho os olhos e consigo lembrar de bolos fofinhos saindo dor forno e que eram rapidamente devorados. O fato é que por muito tempo arrisquei praticar essas lembranças cozinhando para os amigos! Por outro lado, a vovó Maria era paciência pura com as crianças. Uma eximia contadora de histórias era minha vítima quando eu ainda não era alfabetizado. Lembro de empilhar livrinhos infantis e quando vinha nos visitar eu a fazia sentar em um canto só nosso e implorava para que lesse para mim! Que momentos maravilhosos era descobrir o que aquelas palavras mágicas revelavam em harmonia com as ilustrações.


Uma amizade de quase 30 anos com meu querido amigo Vitor Costa e a convivência com sua família tão especial fez que desde sempre eu ouvisse falar do Tumunix. E falar dessas lembranças de infância mostravam o privilégio de conhecer pessoas tão especiais. Eram relatos com ternura e sorrisos. São elementos de família que constroem relações ternas de amor.

Qual não foi a surpresa quando a Zi Costa, irmã do Vitor escreveu um livro chamado Tumunix. De imediato, a memória trouxe os relatos que já tinha ouvido... mas lembrei também da minha infância. Fiquei muito ansioso! Quando saiu a impressão um exemplar passou por minhas mãos. O projeto gráfico do livro foi contemplado com ilustrações do próprio Vitor. A vontade era tão grande de ler que quase “roubei” aquele exemplar! Que agonia eu ter que esperar o lançamento comercial!

Eis que finalmente disponibilizado para venda Tumunix ganha um book trailer que teve produção do Júlio M. Silva. Encomendei então o meu Tumunix. Na verdade eu comprei dois livros. O segundo foi para meu sobrinho neto Lucas.
Lucas e seu livro
Tive uma vontade enorme de ler Tumunix para ele. E por um motivo muito forte. Os livros que minha vovó Maria lia para mim foram os primeiros que alfabetizado eu fiz questão de “reler”. Quando agora já independente eu pude certificar que livros fariam parte de minha vida, uma surpresa aconteceu. As histórias pareciam muito diferentes das que já tinha ouvido. Fui perguntar para minha avó que teve uma resposta lapidar. “Cada vez que lemos um livro uma nova história surgirá.” Somente muitos depois e já na faculdade fui entender o que ela quis dizer. A interpretação do que lemos é recheado de ingredientes e valores pessoais que mudam com o tempo.

E Tumunix trouxe coisas muito boas para mim. Devorei em leitura cada linha. Zi Costa realmente trouxe uma experiência fantástica. Que trata a criança com respeito e a insere dentro da sociedade! A narrativa é intensa e vivencial o que nos faz querer adotar Jacob e Madalena... e até o próprio Tumunix ganha status de bicho-papão de estimação.

Quem não tem o hábito de ler para filhos, sobrinhos, netos e crianças em geral deve repensar sua vida e incluir essa atividade como prática rotineira. É uma tarefa prazerosa criar “um novo ser leitor”. É plantar sementes no futuro. É garantir laços de família.


Livro faz parte de minha vida. E por isso agradeço a Zi Costa e ao Vitor Costa por retomar também meus laços familiares. Obrigado vovó Maria e espero que um dia o Lucas também possa nos agradecer.


Compre seu Tumunix: http://editoramultifoco.com.br/loja/product/tumunix/

O menino Jacob e sua família se preparavam para embarcar em um navio para o Brasil. Na véspera da partida, Jacob vê uma luz brilhante no carroção que estava com a mudança. O que era aquilo que iluminava o lugar tão intensamente? Convencido pelo pai, que aparentemente não via a mesma coisa que ele, foi para cama tentar dormir e esquecer o que vira, todavia o sono não veio. Foi à janela com o intuito de verificar se a luz ainda estava lá fora, mas ao invés disso o que viu foi uma sombra que encobria o brilho do luar. Jacob sentiu um arrepio percorrer sua espinha e os pelos de seu corpo eriçaram. Sentiu a presença do mal comprimindo seu peito até que a leveza do ar e o brilho da lua tornaram a inundar o quarto e ele pode então descansar. O que será que Jacob estava levando ao Brasil além de sua bagagem e seu entusiasmo? Veremos!


Conheça o book trailer.




quinta-feira, 21 de maio de 2015

"Jorge, Paulo e eu"

O passar dos anos nos faz acumular parceiros de vida. Cada um agrega algo de novo. Estes tempos de redes sociais, que muitos acreditam esconder a verdadeira face das pessoas, na verdade mostra claramente quem somos. 

Confesso que cada vez que publico algo e vejo a alta interatividade na minha rede de contatos, o espanto surge associado a uma sensação agradável de aprovação. O real sentido de cada conteúdo compartilhado é também uma proposta de mostrar um pouco sem disfarces meus valores, pensamentos e desejos.

Muitos sabem da minha admiração por dois grandes poetas... Paulo Leminski​ e Jorge Luis Borges​! Cada um de sua maneira contribui e muito para meus pensamentos mais profundos. O poeta do Paraná tive o privilégio de conhecer e privar de breve convivência. Era algo como uma projeção de quem eu gostaria de ser. Por outro lado, o portenho tinha a profundidade de vida e morte o qual eu tanto admiro.

Eis que no meio de um caos de nossa rotina cotidiana, eu me vejo debruçado em mais uma produção textual. E os dois estão juntos... e pretensiosamente comigo. O destino dessa produção criativa? Não sei!

Seguem dois poemas que convergem ao conto que agora escrevo: "Jorge, Paulo e eu".



Os Justos

Um homem que cultiva o seu jardim, como queria Voltaire.
O que agradece que na terra haja música.
O que descobre com prazer uma etimologia.
Dois empregados que num café do Sul jogam um silencioso xadrez.
O ceramista que premedita uma cor e uma forma.
O tipógrafo que compõe bem esta página, que talvez não lhe agrade.
Uma mulher e um homem que lêem os tercetos finais de certo canto.
O que acarinha um animal adormecido.
O que justifica ou quer justificar um mal que lhe fizeram.
O que agradece que na terra haja Stevenson.
O que prefere que os outros tenham razão.
Essas pessoas, que se ignoram, estão a salvar o mundo.

Jorge Luis Borges
Tradução de Fernando Pinto do Amaral 



Bem no fundo

No fundo, no fundo,
bem lá no fundo,
a gente gostaria
de ver nossos problemas
resolvidos por decreto
a partir desta data,
aquela mágoa sem remédio
é considerada nula
e sobre ela — silêncio perpétuo
extinto por lei todo o remorso,
maldito seja quem olhar pra trás,
lá pra trás não há nada,
e nada mais
mas problemas não se resolvem,
problemas têm família grande,
e aos domingos
saem todos a passear
o problema, sua senhora
e outros pequenos probleminhas.


Paulo Leminski

sexta-feira, 2 de janeiro de 2015

2015 e um pedido. Podemos retroceder?

É estranho falar em retroceder justamente no início de um novo ano.  Digo isso em especial para mim. 2014 foi um ano de uma feliz evolução. Conheci meus limites. Entendi minha eterna vocação de fênix. Fiquei surpreso pelo quanto posso ser importante  e solidário para outras pessoas. E o mais gostoso foi me redescobrir e poder sair de caminhos desgastados e antigos. E ao romper perceber que a essência será sempre minha para qualquer caminho que eu venha seguir. Enfim, eu tive um ano de evolução!

Então porque retroceder? Tomei uma atitude que chamei de #mutefacebookoption que me faz calar diante de tantas bobagens sem sentido nas redes sociais. Fiquei fora das discussões equivocadas e cheias de hoax deste ano. Tudo esteve muito chato. Tudo foi muito raso. Eram avaliações toscas. Eu entendo que o nível de informação desta era tecnológica é bem escassa para memória de fatos além de 12 anos. E isto torna-se um aliado para julgar sem argumentos. Vi muita paixão burra e espontânea como quem torce lunaticamente e nada saudável para times de futebol!

Os padrões de respeito beiram o ridículo. Não quero fazer apologia ou reverência, - que no meu caso seria possível - pois termino este texto falando de uma artista que admiro muito... porque crucificar alguém que não pensa como a maioria rala?


No alto de seus invejáveis 85 anos de vitalidade e lucidez Fernanda Montenegro foi

crucificada por uma frase “fazer selfie é pior que paparazzo!”. É incrível julgá-la por um frase de quem não a ouviu dando um depoimento mais longo em um programa de TV ou sequer leu uma matéria sobre o assunto. E mesmo no link  que aqui compartilho sei que poucos lerão por completo. http://goo.gl/aaroqD  Sendo assim... dá para voltar no tempo, onde as informações eram densas e mais longe da vulnerabilidade vapt-vupt que vivemos?

Lamentável!