domingo, 2 de março de 2014

Quando eu morri.

Nunca tive medo da morte. Talvez por influência dos textos de Jorge Luis Borges, eu sempre imaginei de forma banal e corriqueira como seria esse misterioso instante.  Claro que essa tranquilidade só existe, quando penso nesse momento “x” como decorrência da velhice e na evolução natural da vida! Minhas crenças (que passam pelo catolicismo e espiritismo kardecista) fazem também que eu aceite a morte sem ser um fim!



Hoje pela manhã... muito cedo eu morri! E falo isso porque foi muito real! Sonhei que estava deitado e amarrado em um divã. De repente, uma pessoa de rosto conhecido atende ao pedido de outra e injeta em uma veia de meu braço direito um líquido supostamente venenoso.

E ele ainda falava:
-       - Mais alguns segundos e ele morre.

Quando o ouço... o fato se consuma e em um flash eu reforço:
-       - Morri!

Eu estava morto e a sensação foi um misto de pânico breve e alívio intenso! Não era algo desconhecido, pois eu tinha a sensação de já saber tudo que estava acontecendo.

Nesse flash... o que eu via antes colorido ficou em preto e branco, porém rapidamente transformou-se em um colorido maravilhoso e sem igual. O momento “x” foi como se eu tivesse sufocado, mas foi ficando leve e prazeroso respirar.

Estava só e tudo em volta sumiu! E aí me perguntei:
- E agora?

Não tinha medo, mas estava surpreso como algo estivesse acontecendo na hora errada.

Um novo flash...

... eu me senti sufocado e estava deitado na minha cama! Sentia falta de ar. Era como alguém me estrangulando e  que gradativamente tirava as mãos do meu pescoço.

Levantei. Respirei. Chequei coisas banais para confirmar onde estava.

Pensei:
- Estou vivo! Mas... com certeza eu morri! Nada como um bom café!