sábado, 17 de outubro de 2015

Conte histórias para uma criança

Acompanhar o lançamento do livro Tumunix me fez voltar para lembranças deliciosas da infância. Eu tive uma relação de muito carinho de minhas avós. Talvez por ser o neto mais novo das duas, eu acredito que fui por muito tempo o bebezinho delas. A vovó Elvira era uma cozinheira espetacular e uma de suas formas de demonstrar afeto era preparar as guloseimas favoritas dos netos. Fecho os olhos e consigo lembrar de bolos fofinhos saindo dor forno e que eram rapidamente devorados. O fato é que por muito tempo arrisquei praticar essas lembranças cozinhando para os amigos! Por outro lado, a vovó Maria era paciência pura com as crianças. Uma eximia contadora de histórias era minha vítima quando eu ainda não era alfabetizado. Lembro de empilhar livrinhos infantis e quando vinha nos visitar eu a fazia sentar em um canto só nosso e implorava para que lesse para mim! Que momentos maravilhosos era descobrir o que aquelas palavras mágicas revelavam em harmonia com as ilustrações.


Uma amizade de quase 30 anos com meu querido amigo Vitor Costa e a convivência com sua família tão especial fez que desde sempre eu ouvisse falar do Tumunix. E falar dessas lembranças de infância mostravam o privilégio de conhecer pessoas tão especiais. Eram relatos com ternura e sorrisos. São elementos de família que constroem relações ternas de amor.

Qual não foi a surpresa quando a Zi Costa, irmã do Vitor escreveu um livro chamado Tumunix. De imediato, a memória trouxe os relatos que já tinha ouvido... mas lembrei também da minha infância. Fiquei muito ansioso! Quando saiu a impressão um exemplar passou por minhas mãos. O projeto gráfico do livro foi contemplado com ilustrações do próprio Vitor. A vontade era tão grande de ler que quase “roubei” aquele exemplar! Que agonia eu ter que esperar o lançamento comercial!

Eis que finalmente disponibilizado para venda Tumunix ganha um book trailer que teve produção do Júlio M. Silva. Encomendei então o meu Tumunix. Na verdade eu comprei dois livros. O segundo foi para meu sobrinho neto Lucas.
Lucas e seu livro
Tive uma vontade enorme de ler Tumunix para ele. E por um motivo muito forte. Os livros que minha vovó Maria lia para mim foram os primeiros que alfabetizado eu fiz questão de “reler”. Quando agora já independente eu pude certificar que livros fariam parte de minha vida, uma surpresa aconteceu. As histórias pareciam muito diferentes das que já tinha ouvido. Fui perguntar para minha avó que teve uma resposta lapidar. “Cada vez que lemos um livro uma nova história surgirá.” Somente muitos depois e já na faculdade fui entender o que ela quis dizer. A interpretação do que lemos é recheado de ingredientes e valores pessoais que mudam com o tempo.

E Tumunix trouxe coisas muito boas para mim. Devorei em leitura cada linha. Zi Costa realmente trouxe uma experiência fantástica. Que trata a criança com respeito e a insere dentro da sociedade! A narrativa é intensa e vivencial o que nos faz querer adotar Jacob e Madalena... e até o próprio Tumunix ganha status de bicho-papão de estimação.

Quem não tem o hábito de ler para filhos, sobrinhos, netos e crianças em geral deve repensar sua vida e incluir essa atividade como prática rotineira. É uma tarefa prazerosa criar “um novo ser leitor”. É plantar sementes no futuro. É garantir laços de família.


Livro faz parte de minha vida. E por isso agradeço a Zi Costa e ao Vitor Costa por retomar também meus laços familiares. Obrigado vovó Maria e espero que um dia o Lucas também possa nos agradecer.


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O menino Jacob e sua família se preparavam para embarcar em um navio para o Brasil. Na véspera da partida, Jacob vê uma luz brilhante no carroção que estava com a mudança. O que era aquilo que iluminava o lugar tão intensamente? Convencido pelo pai, que aparentemente não via a mesma coisa que ele, foi para cama tentar dormir e esquecer o que vira, todavia o sono não veio. Foi à janela com o intuito de verificar se a luz ainda estava lá fora, mas ao invés disso o que viu foi uma sombra que encobria o brilho do luar. Jacob sentiu um arrepio percorrer sua espinha e os pelos de seu corpo eriçaram. Sentiu a presença do mal comprimindo seu peito até que a leveza do ar e o brilho da lua tornaram a inundar o quarto e ele pode então descansar. O que será que Jacob estava levando ao Brasil além de sua bagagem e seu entusiasmo? Veremos!


Conheça o book trailer.