Em um momento de grande reciclagem profissional, eu tenho
dedicado muito do meu tempo na redação de textos. É um
caminho lento de retorno financeiro, porém muito prazeroso.
Entreguei a
um grupo de atores um texto “encomendado”
para uma peça que deverá ser encenada no segundo semestre de 2014. Eu torço
profundamente para o sucesso desse espetáculo. Mas, aprendi com muito esforço
que quando acabamos um texto ele não mais nos pertence e os caminhos que tomará
não são mais nossos. Exercitei agora um lado que me fez bem: a comédia. É muito
divertido criar pensando no lado bom da vida. Eu ri muito ao ouvir a primeira
leitura realizada pelos atores. E como são histórias cotidianas, eu fico identificando
cenas a cada passo que dou.
Para escrever, nós precisamos intensificar nosso espirito analítico. Assim, eu tenho observado demais as pessoas e fico com uma sensação
de “pára o mundo que eu quero descer”! Penso que vivemos um momento em que a
humanidade se recicla. Eu prefiro pensar que eu estou enlouquecendo e as
pessoas estão sãs. Temo na verdade que seja o oposto. Uma das observações é que
o mundo moderno tem salientado os julgamentos rápidos, precipitados e
unilaterais. Parece que julgamos muito rápido os outros e sem oportunidade de
defesa. Fulano é assim! Ou fulano foi errada, não presta, é ladrão, é desonesta,
fofoqueira e por aí vai! Eu não fico fora, mas eu tenho me policiando a cada
minuto. Sou julgado? Sim sou. Julgo? Também. Mas procuro não deixar meus julgamentos no vazio. Percebi muitos julgamentos mantidos no anonimato e na
falsidade! Constatei com certeza que é uma associação pura e simples de
covardia e mediocridade. Mudo coisas em mim, mas não mudo mais ninguém. Quem
acha certo... siga!
E o que era a proposta inicial deste blog, pode parecer
leviano e como estou escrevendo com compromisso, eu me ausentei do que é sem
compromisso. É... a velhice é definitiva! Antes que julguem... acredito na velhice como
a melhor decorrência da maturidade bem vivida! Maravilhoso saber “o que quero”
e “o que não quero”! Sou responsável por tudo de bom e ruim que acontece comigo.
Não delego isso a ninguém... o que for bom quero meu mérito e o de ruim não
teria fuga de jogar a responsabilidade nos outros para me sentir sem culpa ou
impune. É confortável aceitar coisas que não estão no meu controle. Sanidade ou
loucura?
Até breve... prometo escrever mais sem compromisso!