Estava pensando... gosto muito de ler! As pessoas conhecem
minha fama de leitor voraz e a prova disso foi ganhar muitos novos exemplares de
presente de aniversário!
Desde ontem eu pensava nessa relação tão forte com os livros
e cheguei à conclusão que tenho com eles algo muito semelhante às pessoas.
Tem livros que ficam sempre em nossas cabeceiras. Eles fazem
rir, chorar, emocionar... mostram um mundo desconhecido e fazem refletir o
conhecido. Podem ser sérios e pesados, mas também conseguem ser leves e
divertidos.
Livros não morrem! Assim como as pessoas, eles são importantes
por toda uma existência. A cada nova leitura de um mesmo livro sempre há algo
novo para se descobrir. Existem livros que não saem de nossas estantes, mas apenas
temos acesso a algumas páginas. Muitas delas são até coladas.
Existem livros fáceis e livros difíceis.
Tem aqueles que perdemos de vista e quando os encontramos...
nos deixa feliz pelo reencontro! Outros fazem perceber que sequer fizeram falta
ou mal lembrávamos que existiam. Uns são livros da infância e que ficam lá só na lembrança.
Outros evoluem a cada nova leitura.
Muitos livros são tomados, surrupiados e nunca mais
devolvidos. Tem livros que são maltratados e despedaçados e mesmo quando perdem
alguma página conseguem manter sua essência.
Ultimamente, percebi que amar também é o desapego que deve
proporcionar liberdade. Um livro é um ser vivo e não pode ser exclusivo, sendo
assim muitos dos meus livros se vão para outros leitores, mas sempre ficarão
guardados na memória.
Os livros comprados são conquistas que nos permitimos
atingir e aqueles que são presenteados devem ser vistos como o carinho de uma
entrega verdadeira.